Vou Danado Pra Catende - Alceu Valença

Telminha

Ouça esta carta

Que eu não escrevi

Por aqui

Vai tudo bem

Mas eu só penso

Um dia em voltar

Ai

Telminha

Veja a enrascada

Que fui me meter

Por aqui

Tudo corre tão depressa

As motocicletas se movimentando

Os dedos da moça

Datilografando

Numa engrenagem

De pernas pro ar

Eu quero um trem

Eu preciso de um trem

Eu vou danado pra Catende

Vou danado pra Catende

Vou danado pra Catende

Com vontade de chegar

E o sol é vermelho

Como um tição

Eu vou danado pra Catende

Vou danado pra Catende

Vou danado pra Catende

Com vontade de chegar

Mergulhão, mucambos, moleques, mulatos

Vêm ve-los passar

Adeus, adeus, adeus

Adeus morena do cabelo cacheado

Maribondo sai da mata

Que lá é casa das caiporas

Caiporas, caiporas, caiporas

Telma

ascolta questa lettera

che non ho scritto

Per di qua

va bene

Ma penso solo

Un giorno per tornare

Là

Telma

Vedi il problema

in cui sono entrato

Per di qua

tutto corre così veloce

Le moto in movimento

Le dita della ragazza

digitando

in una marcia

Sottosopra

Voglio un treno

Ho bisogno di un treno

Sto andando a Catene

Sto andando a Catene

Sto andando a Catene

Disposto ad arrivare

E il sole è rosso

come un marchio

Sto andando a Catene

Sto andando a Catene

Sto andando a Catene

Disposto ad arrivare

Immersioni, mucambo, bambini, mulatti

vieni a vederli passare

Addio, arrivederci, arrivederci

Addio bruna dai capelli ricci

Maribondo lascia la foresta

Che c'è la casa dei caipora

Caipora, Caipora, Caipora